Teria a Williams usado um dispositivo aerodinâmico em seu escape em 2015?

Calma, as notícias do campeonato de 2015 ainda não acabaram, ainda tem algumas coisinhas que não ficaram claras nesta relação.... 

Nas últimas provas deste campeonato notei um detalhe na Williams que me fez pensar muito a respeito. 

Estaria a Williams usando um inteligente dispositivo aerodinâmico "camuflado" no escape? 

Improvável talvez, mas impossível nunca. 

Explico:



  
A maioria dos F1 de 2015 usaram um poste central para segurar a asa traseira, o qual tinha uma espécie de "anel" na base ( destacado em amarelo ) que dava a volta no escape e fixava todo o conjunto acima do eixo traseiro.

Em outras equipes o anel e o poste central eram escondidos, totalmente revestidos e pintados de preto, algo para resistir ao calor do escape protegendo o conjunto.
Mas notei que na Williams, este anel da base ficava exposto em uma liga metálica, e apenas o poste acima dele era revestido de preto, ou construido em fibra de carbono.
Achei estranho mas beleza. A coisa passou batida até que em alguns treinos notei que na parte interna do anel da base havia um revestimento preto, quase imperceptível, parecido com um adesivo aplicado ali, provavelmente fazendo as vezes de protetor de calor.

Ai acendeu uma luz na cachola. Espera ai....Se é para proteger do calor do escape, por que eles não revestem totalmente e SEMPRE, como as outras equipes....?

Então o suposto "dispositivo" começou a ficar claro diante de meus olhos. As peças estavam lá a tempos, na cara, mas seu "imperceptível" funcionamento evitava sua descoberta.

Ok, do que estou falando....? Explico:

A Williams pode ter usado um dispositivo aerodinâmico "TERMO EXPANSÍVEL" em sua asa traseira, algo que havia escrito em uma série de matérias nos anos de 2011 e 12, dispositivos que poderiam surgir na F1 depois da polêmica asa flexível da RBR naqueles anos. Dispositivos estes que usariam "calor" e pura física para serem operados na aerodinâmica de um F1.

Ahh tá Bira, agora vc pirou, viu tanta F1 que tá enxergando coisa demais, não acha?

Não, ainda não....

Então como esse suposto dispositivo no escape da Williams poderia funcionar?

Imagine que o anel em liga metálica exposto, bem perto do escape receba grande quantidade de calor irradiado. Isso faz com que a liga metálica previamente projetada, aqueça e expanda
aumentando levemente seu tamanho. Isso automaticamente empurraria o poste central para cima, certo? Tá e daí, até ai nada de mais.

Empurrando o poste central para cima, cria-se uma leve curvatura no perfil da asa traseira, consegue visualizar onde quero chegar?

Pera Bira, acho que estou começando a entender...

Vou clarear mais: Em uma asa rasa com pouca pressão aerodinâmica, curvando-se levemente sua parte central, teoricamente ela perderia ainda mais pressão, quase zerando dependendo da curvatura criada.

Então na teoria, o que enxergo naquela peça é que a Williams pode ter criado uma maneira básica, porém complexa, de controlar ainda mais a pressão aerodinâmica da asa traseira usando o calor do escape.

Como, vamos lá: nas pistas com retas e curvas de alta, o anel da base ficava totalmente exposto, teoricamente sem adesivo de proteção. Isso expandia o anel, criava a curvatura na asa traseira ( seta vermelha ) que já era rasa, deixando-a mais rasa ainda, além do limite permitido pelo regulamento, é claro.

Então, com menos pressão aerodinâmica nas retas e curvas de alta, somada ao DRS, maior velocidade final que os concorrentes com asas dentro da curvatura permitida. Sacou o objetivo?

É claro que essa teórica expansão e curvatura podem ser de 2 a 3 milímetros apenas 

( destacado em laranja ), nada mais que isso. 
Mas em um carro de F1, estudado e projetado milimetricamente, e aplicando isso em uma superfície grande como a da asa traseira, o resultando pode ser de alguns milésimos de segundos ganhos em uma classificação que seja, ou por volta na corrida, quem sabe. 
Ai somando volta por volta, pode resultar em pontos, por que não....

Certo, mas e nas pistas de baixa? 


Ai era simples, aplicavam o adesivo protetor para diminuir o calor e o efeito de dilatação do anel e curvatura da asa, ficando assim dentro dos parâmetros de curvatura normais.
Então, desligando o motor, esfriando o escape e o anel, o conjunto volta para o lugar e passa de boa na checagem da FIA. Simples, prático e genial....Entendeu agora como se pode usar o efeito "termo expansível" dos materiais na aerodinâmica de um carro de Formula 1?

Bem, claro que essa é minha teoria, e se a Williams não construiu e não usou esse dispositivo desta forma ( o que duvido ), e aquilo não passa de um mero suporte mesmo, então vou patentear essa ideia de dispositivo que "enxerguei" ali e vender para a Mclarem. Quem sabe eles não chegam mais perto da Mercedes ano que vem.

Mas com uma condição, que seja usado apenas no carro do Button, pois "
certos" meninos emburrados e mal educados não ganham presente......rsrsr.

Autor: Ubiratan Bizarro Costa
designer industrial automotivo 

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